sábado, 29 de setembro de 2012



29/09: Festividade dos Santos Arcanjos!

Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem!.


Com alegria, comemoramos a festa de três Arcanjos neste dia: Miguel, Gabriel e Rafael. A Igreja Católica, guiada pelo Espírito Santo, herdou do Antigo Testamento a devoção a estes amigos, protetores e intercessores que do Céu vêm em nosso socorro pois, como São Paulo, vivemos num constante bom combate. A palavra “Arcanjo” significa “Anjo principal”. E a palavra “Anjo”, por sua vez, significa “mensageiro”.
                            SÃO MIGUEL
O nome do Arcanjo Miguel possui um revelador significado em hebraico: “Quem como Deus”. Segundo a Bíblia, ele é um dos sete espíritos assistentes ao Trono do Altíssimo, portanto, um dos grandes príncipes do Céu e ministro de Deus. No Antigo Testamento o profeta Daniel chama São Miguel de príncipe protetor dos judeus, enquanto que, no Novo Testamento ele é o protetor dos filhos de Deus e de sua Igreja, já que até a segunda vinda do Senhor estaremos em luta espiritual contra os vencidos, que querem nos fazer perdedores também. “Houve então um combate no Céu: Miguel e seus anjos combateram contra o dragão. Também o dragão combateu, junto com seus anjos, mas não conseguiu vencer e não se encontrou mais lugar para eles no Céu”. (Apocalipse 12,7-8)

                                 SÃO GABRIEL
O nome deste Arcanjo, citado duas vezes nas profecias de Daniel, significa “Força de Deus” ou “Deus é a minha proteção”. É muito conhecido devido a sua singular missão de mensageiro, uma vez que foi ele quem anunciou o nascimento de João Batista e, principalmente, anunciou o maior fato histórico: “No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré… O anjo veio à presença de Maria e disse-lhe: ‘Alegra-te, ó tu que tens o favor de Deus’…” a partir daí, São Lucas narra no primeiro capítulo do seu Evangelho como se deu a Encarnação.


                                  SÃO RAFAEL

Um dos sete espíritos que assistem ao Trono de Deus. Rafael aparece no Antigo Testamento no livro de Tobit. Este arcanjo de nome “Deus curou” ou “Medicina de Deus”, restituiu à vista do piedoso Tobit e nos demonstra que a sua presença, bem como a de Miguel e Gabriel, é discreta, porém, amiga e importante. “Tobias foi à procura de alguém que o pudesse acompanhar e conhecesse bem o caminho. Ao sair, encontrou o anjo Rafael, em pé diante dele, mas não suspeitou que fosse um anjo de Deus” (Tob 5,4).
São Miguel, São Gabriel e São Rafael, rogai por nós!
——
Fonte: Canção nova

Estamos no mês da Bíblia que foi estabelecido este mês justamente por causa de São Jerônimo que, com seus estudos, traduções, interpretações, comentários e escritos nos facilitou o acesso a esse grande manancial de sabedoria transmitida pelos livros sagrados.

A Bíblia, segundo o Magistério da Igreja, contem a revelação daquilo que Deus quis manifestar e comunicar a toda a humanidade, fazendo com que todos possam participar dos bens divinos.

O Concílio Vaticano II nos diz que “pela revelação divina quis Deus manifestar e comunicar a sua pessoa e os decretos eternos da sua vontade a respeito da salvação dos homens, “para os fazer participar dos bens divinos, que superam absolutamente a capacidade da inteligência humana.” (Conf. “Dei verbum”. Capítulo I, item 6.).

Com efeito, a Bíblia significa coleção de livros, embora costuma-se referir-se a ela como um livro único, na verdade, ela é uma coletânea de livros do Antigo Testamento e do Novo Testamento, em geral escritos em hebraico para o Antigo Testamento e grego para o Novo Testamento. O hebraico era um idioma falado pelas famílias semíticas e tudo o que contém nas Sagradas Escrituras nessa língua deve-se aos chamados escribas, fruto do laborioso e lento ofício a favor do povo escolhido. Já o grego era a língua dominante na época em houve a divulgação da doutrina e vida de Jesus Cristo; por esse fato, o Novo Testamento foi escrito em grego.

Em decorrência dessas línguas, contudo, a Bíblia era inacessível aos Romanos, que falavam o latim. Então, Jerônimo, educado em Roma, conhecedor do latim e grego, após uma longa doença, sentiu o chamamento de Deus para a vida religiosa e se tornou padre da Igreja Católica.

Por volta do ano 374, ele foi para a Palestina, onde estudou hebraico e a interpretação da Bíblia. Inspirado por Deus, traduziu todos os livros da Bíblia para o latim, cuja tradução denominou-se “Vulgata”, pois o latim era a língua falada na época universalmente. O trabalho executado por São Jerônimo foi imenso, pois copilou, com fidelidade e dedicação, uma infinidade de documentos no decorrer das suas longas viagens pelo Oriente, do que resultou a edição adotada oficialmente pela Igreja Católica.

A “Vulgata” foi grandemente divulgada, inicialmente através de manuscritos feitos pelos monges nos mosteiros e, com o advento da imprensa por Gutemberg, no século XV, teve ampla divulgação. Hoje, é o livro mais vendido do mundo. Estima-se que foram vendidos 12 milhões de exemplares na versão integral, 13 milhões de Novos Testamentos e ainda 450 milhões de brochuras com extratos dos textos originais.

Um fato histórico, trouxe um trauma enorme para os seguidores de Cristo, a assim chamada Reforma, dividindo protestantes e católicos. Os protestantes elegeram a Bíblia, excluídos alguns livros, como única maneira de inspiração divina. Os católicos, por sua vez, admitiu-os juntamente com a tradição da Igreja, como formas de Deus falar aos homens, sempre com a interpretação do Magistério da Igreja.

Ainda aqui nos recorda o Concílio Vaticano II: “A Sagrada Tradição, portanto, e a Sagrada Escritura relacionam-se e comunicam estritamente entre si. Com efeito, ambas derivando da mesma fonte divina, fazem como que uma coisa só e tendem ao mesmo fim. A Sagrada Escritura é a palavra de Deus enquanto foi escrita por inspiração do Espírito Santo; a Sagrada Tradição, por sua vez, transmite integralmente aos sucessores dos apóstolos a palavra de Deus confiada por Cristo Senhor e pelo Espírito Santo aos apóstolos, para que, com a luz do Espírito de verdade, a conservem, a exponham e a difundam fielmente na sua pregação; donde acontece que a Igreja não tira a sua certeza a respeito de todas as coisas reveladas só da Sagrada Escritura. Por isso, ambas devem ser recebidas e veneradas com igual afeto e piedade.” (Conf. (Dei verbum’ – Cap.II, item 9).

A Igreja sempre teve nos Livros Sagrados uma das fontes de inspiração e vida. Uma coisa, porém, é certa: após a invenção da imprensa, e agora com a versão da Bíblia nas línguas faladas em todo mundo, ela é, na verdade, o livro mais divulgado e, hoje, fonte de inspiração para toda a humanidade.

E todo a manancial que se constitui as Escrituras Sagradas, portanto, devemos ao trabalho dedicado e persistente do grande exegeta, escritor e santo, São Jerônimo, o qual a Igreja o festeja no dia 30 de Setembro, mês da Bíblia.

Ao concluir esta reflexão, faço-o com os versículos 103 a 105 do Salmo 119: “Como são doces ao meu paladar tuas promessas; mais que o mel para minha boca. Dos teus preceitos recebo inteligência, por isso odeio todo caminho falso. Lâmpada para meus passos é tua palavra e luz no meu caminho.”.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012


Dia Litúrgico: Sexta-feira da 25ª semana do Tempo Comum
Evangelho (Lc 9,18-22)

Quem dizem as multidões que eu sou?(...) E vós, quem dizeis que eu sou?
Hoje, no Evangelho, há dois interrogantes que o mesmo Maestro formula a todos. O primeiro interrogante pede uma resposta estatística, aproximada: «Quem dizem as multidões que eu sou?» (Lc 9,18). Faz que giremos ao redor e contemplemos como resolvem a questão os outros: os vizinhos, os colegas de trabalho, os amigos, os familiares mais próximos... Olhamos o entorno e sentimo-nos mais ou menos responsáveis ou próximos -depende dos casos- de algumas dessas respostas que formulam quem têm relação conosco e com nosso âmbito, as pessoas... E a resposta diz-nos muito, informa-nos, situa-nos e faz que tomemos consciência daquilo que desejam, precisam, buscam os que vivem ao nosso lado. Ajuda-nos a sintonizar, a descobrir com o outro, um ponto de encontro para ir além...
Há uma segunda interrogação que pede por nós: «E vós, quem dizeis que eu sou?» (Lc 9,20). É uma questão fundamental que chama à porta, que mendiga a cada um de nós: uma adesão ou uma rejeição; uma veneração ou uma indiferença; caminhar com Ele e Nele ou finalizar numa aproximação de simples simpatia... Esta questão é delicada, é determinante porque nos afeta. Que dizem nossos lábios e nossas atitudes? Queremos ser fiéis àquele que é e dá sentido ao nosso ser? Há em nós uma sincera disposição a seguí-lo nos caminhos da vida? Estamos dispostos a acompanhá-lo à Jerusalém da cruz e da glória?
«É um caminho de cruz e ressurreição (...). A cruz é exaltação de Cristo. Disse-o Ele mesmo: Quando seja levantado, atrairei a todos para mim. (...) A cruz, pois, é glória e exaltação de Cristo» (São André de Creta). Dispostos para avançar para Jerusalém? Somente com Ele e Nele, verdade?

                CONVITE
NOSSA HOMENAGEM AO CASAL COM CARINHO:


AMANHÃ DIA 29-09: TERÇO NA CASA DE DONA LIA MÃE DO ANDRÉ ÀS 19:00H

quinta-feira, 27 de setembro de 2012


Dia Litúrgico: Quinta-feira da 25ª semana do Tempo Comum
DIA DE SÃO VICENTE DE PAULO
“Voltemos nossa mente e nosso coração para São Vicente de Paulo, homem de ação e oração, de organização e de imaginação, de comando e de humildade, homem de ontem e de hoje. Que aquele camponês das Landes, convertido pela graça de Deus em gênio da caridade, nos ajude a todos a pôr mais uma vez as mãos no arado – sem olhar para trás – para o único trabalho que importa, o anúncio da Boa Nova aos pobres…”
(João Paulo II)

São Vicente de Paulo nasceu em uma terça-feira de Páscoa, em 24 de abril de 1581, na aldeia Pouy, sul da França. Vicente foi batizado no mesmo dia de seu nascimento. Era o terceiro filho do casal João de Paulo (Jean de Paul) e Bertranda de Moras (Bertrande de Moras), camponeses profundamente católicos. Seus seis filhos receberam o ensino religioso em casa através de Bertranda.
Desde cedo destacou-se pela notável inteligência e devoção. Fez seus primeiros estudos em Dax, onde, após 4 anos, tornou-se professor. Isto lhe permitiu concluir os estudos de teologia na Universidade de Toulouse. Foi ordenado sacerdote, aos dezenove anos, em 23 de setembro de 1600.
Ordenou-se padre e logo passou pela primeira provação: uma viúva que gostava de ouvir as suas pregações, ciente de que ele era pobre, deixou para ele sua herança – uma pequena propriedade e determinada importância em dinheiro, que estava com um comerciante em Marselha.
No retorno desta viagem a Marselha, em 1605, o navio em que se encontrava foi atacado por piratas turcos. Pe. Vicente sobreviveu ao ataque, mas foi feito prisioneiro. Os turcos o conduziram a Túnis, onde foi vendido como escravo para um pescador, depois para um químico; com a morte deste, foi herdado pelo sobrinho do químico, que o vendeu para um fazendeiro, um renegado, que antes era católico e, com medo da escravidão, adotara a religião muçulmana. Ele tinha três esposas: uma era turca e esta, ouvindo os cânticos do escravo, sensibilizou-se e quis saber o significado do que ele cantava. Ciente da história, ela censurou o marido por ter abandonado uma religião que para ela parecia tão bonita. O patrão de Pe.Vicente arrependeu-se e propôs a ele uma fuga para a França, que só se realizou dez meses depois, já em 1607.
Eles atravessaram o Mar Mediterrâneo em uma pequena embarcação e conseguiram chegar à costa francesa. De Aigues-Mortes foram para Avinhão, onde encontraram o Vice-Legado do Papa. Vicente voltou à condição de padre e o renegado abjurou publicamente, retornando à Igreja Católica. Vicente e o renegado ficaram vivendo com o Vice-Legado e, quando este precisou viajar a Roma, levou-os em sua companhia. Durante a estada na cidade, Pe. Vicente frequentou a universidade e se formou em Direito Canônico. E o renegado foi admitido em um mosteiro, onde se tornou monge.
O Papa precisou mandar um documento sigiloso para o Rei Henrique IV da França e Pe. Vicente foi escolhido como fiel depositário.
Devido a sua presteza, o Rei Henrique IV nomeou-o Capelão da Rainha Margarida de Valois, a rainha Margot. Pe. Vicente era encarregado da distribuição de esmolas aos pobres e fazia visitas aos enfermos no hospital de caridade em nome da rainha. Após o assassinato de Henrique IV da França, em 1610, São Vicente passou um ano na Sociedade do Oratório, fundada pelo Cardeal Pierre de Bérulle. Mais tarde, padre Bérulle foi nomeado Bispo de Paris e indicou Vicente de Paulo para vigário de Clichy, subúrbio de Paris.
Vicente fundou a Confraria do Rosário e todos os dias visitava os doentes. Atendendo a um pedido de padre Berulle, partiu e foi ser o preceptor dos filhos do general das galés e residir no Palácio dos Gondi. Naquele período, a Marinha francesa estava em expansão e, para resolver o problema da mão-de-obra necessária para o remo, era costume a condenação às galés por delitos comuns.
Vicente empenhou-se nesta missão, lutando por mais dignidade para estes prisioneiros, que viviam em condições sub-humanas. No trabalho em favor dos condenados às galés chegou até a se colocar no lugar de um deles para libertá-lo. As propriedades da família dos Gondi eram muito grandes e Pe. Vicente e a senhora de Gondi faziam visitas às famílias que residiam nestas propriedades.
Foi assim que o Pe. Vicente percebeu como era necessária a confissão deste povo. Na missa dominical, ele fazia com o povo a confissão comunitária. Conseguiu outros padres para as confissões, pois eram muitos os que queriam esse sacramento. Pe. Vicente esteve nas terras da família Gondi por cinco anos. Foi a Paris e, mais tarde, a pedido do Pe. Berulle, voltou para a casa dos Gondi por mais oito anos.
Sua piedade heróica conferiu-lhe o cargo de Capelão Geral e Real da França. Vendo o abandono espiritual dos camponeses, fundou a Congregação da Missão, que são os Padres Lazaristas, para evangelização do “pobre povo do interior”. A Congregação da Missão demorou de 1625 até 12 de janeiro de 1633 para receber a Bula do Papa Urbano VIII, reconhecendo-a.
Em 1643, Luís XIII pediu para ser assistido, em seu leito de morte, por Vicente, tendo morrido em seus braços. A seguir, foi nomeado pela Regente Ana d’Áustria, de quem era o confessor, para o Conselho de Consciência (para assuntos eclesiásticos dessa Regência).
Santa Luísa de Marillac
Num apelo que o padre Vicente fez durante sermão em Châtillon, nasceu o movimento das Senhoras Damas da Caridade (Confraria da Caridade). A primeira irmã de caridade foi a camponesa Margarida Nasseau, que contou com a orientação de Santa Luísa de Marillac e que, mais tarde, estabeleceu a Confraria das Irmãs da Caridade, atuais Filhas da Caridade. De apenas quatro irmãs no começo, a Confraria conta, hoje, com centenas delas. Foi também ele o responsável pela organização de retiros espirituais para leigos e sacerdotes, através das famosas conferências das terças-feiras (Confraria de Caridade para homens).
Inspirado por seu amor a Deus e aos pobres, Vicente de Paulo foi o criador de muitas obras de amor e caridade. Sua vida é uma história de doação aos irmãos pobres e de amor a Deus. Existem diversas biografias suas, mas sabemos que nenhuma delas conseguirá descrever com total fidelidade o amor que tinha por seu irmãos necessitados. Muitos acham que a maior virtude de São Vicente é a caridade, mas sua humildade suplantava essa virtude. Sempre buscava o bem da Igreja.
São Vicente de Paulo foi um pai dos Pobres e um reformador do clero. Basta dizer que as Conferências Vicentinas, fundadas por Antônio Frederico Ozanam e seus companheiros, em 23 de abril de 1833, foram inspiradas por ele. Espalhadas no mundo inteiro, vivem permanentemente de seus exemplos e ensinamentos.
Segundo São Francisco de Sales, Vicente de Paulo era o “padre mais santo do século”. Faleceu em 27 de setembro de 1660 e foi sepultado na capela-mãe da Igreja de São Lázaro, em Paris. Foi canonizado pelo Papa Clemente XII em 16 de junho de 1737. Em 12 de maio de 1885 é declarado patrono de todas as obras de caridade da Igreja Católica, por Leão XIII.

Frases e pensamentos de São Vicente de Paulo

Se procurardes a Deus, encontra-Lo-eis por toda a parte…
Não me basta amar a Deus, se o meu próximo também não o ama
Nunca se tem Deus como Pai, se não tem Maria como Mãe
Não sei quem é mais carente: se o pobre que pede pão ou o rico que pede amor
Ainda que a firmeza seja necessária para atingir o fim a que nos propomos em nossas boas obras é contudo, necessário empregar muita ternura nos meios
Como ser cristão e ver o seu irmão aflito, sem chorar com ele! É permanecer sem caridade, é ser cristão de pintura, é não possuir nada de humanidade, é ser pior que os animais
Não sou daqui nem dali, mas de qualquer lugar onde Deus quer que esteja
Dez vezes irão aos pobres, dez vezes encontrarão a Deus
Convém amar os pobres com um afecto especial, vendo neles a pessoa do próprio Cristo, e dando-lhes a importância que Ele mesmo dava
Só as verdades eternas podem encher o nosso coração
É preciso dar o seu coração, para obter em troca o dos outros
Os pobres abrem-nos a porta para a eternidade
Temos que atribuir a Deus qualquer bem que resulte de nossas acções, do contrário, deveríamos atribuir a nós todo o mal que ocorre na comunidade
Uma maneira ótima para se exercitar no amor de Cristo, é acostumar-se a tê-lo sempre presente em nós
Os que desejam realmente seguir as máximas de Cristo, devem ter em grande conta a simplicidade

Quando receberes Jesus em vossos corações poderá ainda haver algum sacrifício impossível para vós?
Se quisermos nos dedicar inteiramente ao nosso próximo não devemos reservar a nós mesmo nem tempo nem espaço.
É possível restaurar as instituições com a santidade, e não restaurar a santidade com as instituições.
Meus irmãos amemos a Deus, mas amemo-lo às nossas custas, com fadiga de nossos braços, com o suor do nosso rosto.
Não podemos garantir melhor a nossa salvação do que vendo e morrendo a serviço dos pobres.
Para os superiores não há meio de se fazer obedecer do que a mansidão.
O gosto de ser elogiado, de aparecer, o desejo de que seja louvado o comportamento, de que se diga que somos bem sucedidos e que fazemos maravilhas, é um mal.
A conformidade com a vontade divina é o termo do cristão e o remédio para todos os seus males, porque contém a renúncia de si mesmo, a união com Deus e todas as virtudes.
 Evangelho (Lc 9,7-9)

Procurava ver Jesus
Hoje o texto do Evangelho nos diz que Herodes queria ver Jesus (cf. Lc 9,9). Esse desejo de ver Jesus vem da curiosidade. Falava-se muito de Jesus pelos milagres que ele ia realizando por onde passava. Muitas pessoas falavam dele. A atuação de Jesus trouxe à memória do povo diversas figuras de profetas: Elias, João Batista, etc. Mas, por ser simples curiosidade, esse desejo não transcende. Tal é o fato que quando Herodes vê não lhe causa maior impressão (cf. Lc 23,8-11). Seu desejo se desvanece ao vê-lo cara a cara, porque Jesus se nega a responder suas perguntas. Esse silêncio de Jesus lhe delata como corrupto e depravado.

Nós, ao igual que Herodes, com certeza sentimos, alguma vez, o desejo de ver Jesus. Mas já não contamos com ele Jesus em carne e osso como nos tempos de Herodes, no entanto contamos com outras presenças de Jesus. Quero ressaltar duas delas.

Em primeiro lugar, a tradição da Igreja fez das quintas-feiras um dia por excelência para ver Jesus na Eucaristia. São muitos os lugares onde hoje está exposto Jesus - Eucaristia. «A adoração eucarística é uma forma essencial de estar com o Senhor. Na sagrada custódia está presente o verdadeiro tesouro, sempre esperando por nós: não está ali por Ele, e sim por nós» (Bento XVI). -Aproxime-se para que lhe deslumbre com sua presença.

Para o segundo caso podemos fazer referência a uma canção popular, que diz: «Conosco está e não o conhecemos». Jesus está presente em tantos e tantos de nossos irmãos que têm sido marginados, que sofrem e não têm ninguém que os queira ver. Na sua encíclica Deus é Amor, diz o Papa Bento XVI: «O amor ao próximo enraizado no amor a Deus é ante tudo uma tarefa para cada fiel, mas é também para toda a comunidade eclesial». Assim, então, Jesus está lhe esperando, com os braços abertos lhe recebe em ambas as situações. Aproxime-se!

quarta-feira, 26 de setembro de 2012


Dia Litúrgico: Quarta-feira da 25ª semana do Tempo Comum
DIA DOS SANTOS: COSME E DAMIÃO

26 de setembro - São Cosme e São Damião

Cosme e Damião eram irmãos e cristãos. Apesar da tradição, não se sabe exatamente se eles eram gêmeos. Desde muito jovens ambos manifestaram um enorme talento para a medicina. Estudaram e se diplomaram na Síria, exercendo a profissão de médico com muita competência e dignidade. Inspirados pelo Espírito Santo, usavam a fé aliada aos conhecimentos científicos. 

Os irmãos não cobravam absolutamente nada pelos tratamentos, mas tudo faziam com caridade e dedicação. A fama de Cosme e Damião despertou a ira do imperador Diocleciano, implacável perseguidor do povo cristão. O governador deu ordens imediatas para que os dois médicos cristãos fossem presos, acusados de feitiçaria e de usarem meios diabólicos em suas curas.

Mandou que fossem barbaramente torturados por se negarem a aceitar os deuses pagãos. E em seguida, foram decapitados. O ano não pode ser confirmado, mas com certeza foi no século IV. Os Santos Cosme e Damião são venerados como padroeiros dos médicos, dos farmacêuticos e das faculdades de medicina. 


Reflexão:

Entre meados de setembro e outubro ocorrem as Festas de Cosme e Damião. De forma mais sincrética, envolve católicos, outras confissões religiosas e cidadãos sem identidade confessional, de todas as classes sociais. É a festa das crianças, sempre com distribuição de balas, brinquedos, doces e guloseimas em geral. A distribuição é feita no interior nas portas dos templos, de passagem pelas ruas, nas residências, em salões de festas dos prédios, em orfanatos e creches.


Oração:

Deus Pai de amor e bondade, pela intercessão de São Cosme e São Damião, conserve meu coração simples e sincero. Que vossa inocência e simplicidade acompanhem e protejam todas as nossas crianças. Que a alegria da consciência tranquila, que sempre vos acompanhou, repouse também em meu coração. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR


Evangelho (Lc 9,1-6)
Jesus convocou os Doze e deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios e para curar doenças
Hoje vivemos tempos em que novas doenças mentais alcançam difusões inesperadas, como nunca tinha havido no curso da história. O ritmo de vida atual impõe estresse às pessoas, corrida para consumir e aparentar mais do que o vizinho, tudo isso acompanhado de fortes doses de individualismo, que constroem uma pessoa isolada do resto dos mortais. Essa solidão a que muitos se vêem obrigados por conveniências sociais, pela pressão laboral, por convenções escravizantes, faz com que muitos sucumbiam à depressão, às neuroses, às histerias, às esquizofrenias ou outros desequilíbrios que marcam profundamente o futuro daquela pessoa.

«Reunindo Jesus os Doze apóstolos, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios, e para curar enfermidades» (Lc 9,1). Transtornos, esses, que podemos identificar no mesmo Evangelho como doenças mentais.

O encontro com Cristo, pessoa completa e realizada, dá um equilíbrio e uma paz capazes de serenar os ânimos e de fazer a pessoa se reencontrar com ela mesma, dando claridade e luz em sua vida, bom para instruir e ensinar, educar os jovens e os idosos e, encaminhar as pessoas pelo caminho da vida, aquela que nunca haverá de murchar-se.

Os Apóstolos «partiram, pois, e percorriam as aldeias, pregando o Evangelho e fazendo curas por toda parte» (Lc 9,6). Essa é também nossa missão: viver e meditar o Evangelho, a mesma palavra de Jesus, a fim de permitir que ela penetre no nosso penetrar interior. Assim, pouco a pouco, poderemos encontrar o caminho a seguir e a liberdade a realizar. Como escreveu João Paulo II, «a paz deve realizar-se na verdade (...); deve realizar-se em liberdade».

OBS: HOJE, TEREMOS REUNIÃO NO SALÃO PAROQUIAL ÀS 19:30
NÃO FALTEM!!!

FOTOS ABAIXO DO TERÇO NA CASA DE SEU VALDIR DIA 22-09









terça-feira, 25 de setembro de 2012



Dia Litúrgico: Terça-feira da 25ª semana do Tempo Comum
Evangelho (Lc 8,19-21)
Minha mãe e meus irmãos são estes aqui, que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática
Hoje, lemos uma formosa passagem do Evangelho. Jesus não ofende, de modo algum, a Sua Mãe, já que Ela é a primeira a escutar a Palavra de Deus e dela nasce Aquele que é a Palavra. E, simultaneamente, Ela é a que mais perfeitamente cumpriu a vontade de Deus: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra (Lc 1,38), responde ao anjo na Anunciação.

Jesus revela-nos de que precisamos, também nós, para chegar a ser seus familiares: Aqueles que ouvem...(Lc 8,21) e, para ouvir é necessário que nos aproximemos, tal como os seus familiares, que chegaram até onde Ele estava, mas não podiam aproximar-se por causa da multidão. Os familiares esforçam-se por se aproximar, seria conveniente que nos perguntássemos se lutamos e procuramos vencer os obstáculos que encontramos na hora de nos aproximarmos da Palavra de Deus. Dedico, todos os dias, uns minutos a ler, escutar e meditar a Sagrada Escritura? S. Tomás de Aquino recorda-nos que: é necessário que meditemos continuamente a Palavra de Deus(...) ; esta meditação ajuda fortemente na luta contra o pecado.
E, finalmente, cumprir a Palavra de Deus. Não basta escutar a Palavra; é necessário cumpri-la, se queremos ser membros da família de Deus. Temos de pôr em prática aquilo que nos diz! Por isso será bom que nos perguntemos se só obedeço quando aquilo que se me pede me agrada ou é relativamente fácil, e, pelo contrário, quando há que renunciar ao bem-estar, ao bom nome, aos bens materiais ou ao tempo disponível para o descanso..., ponho a Palavra entre parêntesis até que cheguem melhores tempos. Peçamos à Virgem Maria que escutemos como Ela e cumpramos a Palavra de Deus para andarmos assim no caminho que conduz à felicidade duradoura. 

IMPORTANTE: DIA 26-09: REUNIÃO NO SALÃO PAROQUIAL ÀS 19:30
OBS: POR FAVOR NÃO FALTEM.

FOTOS ABAIXO DO TERÇO NA CASA DE SEU VALDIR DIA 22-09-2012








sexta-feira, 21 de setembro de 2012


Dia Litúrgico: 21 de Setembro: São Mateus, apóstolo e evangelista
Evangelho (Mt 9,9-13)
Partindo Jesus dali, viu um homem chamado Mateus sentado na coletoria 
e disse-lhe: Segue-me!
Ele se levantou e o seguiu.
Mateus 9:9

A IGREJA CELEBRA HOJE, DE FORMA ESPECIAL, A VIDA DE SÃO MATEUS APÓSTOLO E EVANGELISTA, CUJO NOME ANTES DA CONVERSÃO
ERA LEVI.
Morava e trabalhava como coletor de impostos em Cafarnaum, na Palestina. Quando ouviu a Palavra de Jesus: "Segue-me" deixou tudo imediatamente, pondo de lado a vida ligada ao dinheiro e ao poder para um serviço de perfeita pobreza: a proclamação da 
mensagem cristã! 
Mateus era um rico coletor de impostos e respondeu ao chamado do Mestre com entusiasmo. Encontramos no Evangelho de São Lucas a pessoa de Mateus que prepara e convida o Mestre para a grande festa de despedida em sua casa. Assim, uma numerosa multidão de publicanos e outros tantos condenados aos olhos do povo, sentaram-se à mesa com ele e com Àquele que veio, não para os sãos, mas sim para os doentes; não para os justos, mas para os pecadores. Chamando-os à conversão e à vida nova.
Por isso tocado pela misericórdia Daquele a quem olhou e amou, no silêncio e com discrição, livrou-se do dinheiro fazendo o bem. 
É no Evangelho de Mateus que contemplamos mais amplamente trechos referentes ao uso do dinheiro, tais como: "Não ajunteis para vós, tesouros na terra, onde a traça e o caruncho os destroem." e ainda:"Não podeis servir a Deus e ao dinheiro." 
Com Judas, porém, ficou o encargo de "caixa" da pequena comunidade apostólica que Jesus formava com os seus. Mateus deixa todo seu dinheiro para seguir a Jesus, e Judas, ao contrário, trai Jesus por trinta moedas! 
Este apóstolo a quem festejamos hoje com toda a Igreja, cujo significado do nome é Dom de Deus,ficou conhecido no Cristianismo nem tanto pela sua obra missionária no Oriente, mas sim pelo Evangelho que guiado pelo carisma extraordinário da inspiração pôde escrever, entre 80-90 na Síria e Palestina, grande parte da vida e ensinamentos de Jesus. Celebramos também seu martírio que acabou fechando com a palma da vitória o testemunho deste Apóstolo, Santo e Evangelista.
SÃO MATEUS, ROGAI POR NÓS!


Não é a justos que vim chamar, mas a pecadores
Hoje celebramos a festa do apóstolo e evangelista São Mateus. Ele mesmo nos conta no seu Evangelho sobre a sua conversão. Estava sentado na coletoria de impostos e Jesus o convidou a segui-lo. Mateus -diz o Evangelho- «se levantou e seguiu-o» (Mt 9,9). Com Mateus chega ao grupo dos Doze um homem totalmente diferente dos outros apóstolos, tanto pela sua formação como pela sua posição social e riqueza. Seu pai lhe fez estudar economia para poder fixar o preço do trigo e do vinho, dos peixes que seriam trazidos por Pedro e André e os filhos de Zebedeu e o das pérolas preciosas das quais fala o Evangelho.

Seu ofício, de coletor de impostos, era mal visto. Aqueles que o exerciam eram considerados publicanos e pecadores. Estava ao serviço do rei Herodes, senhor da Galiléia, um rei detestado pelo seu povo e que o Novo Testamento nos apresenta como um adúltero, o assassino de João Batista e aquele que escarneceu Jesus a Sexta Feira Santa. O que pensaria Mateus quando ia render contas ao Rei Herodes? A conversão de Mateus devia supor uma verdadeira liberação, como o demonstra o banquete ao que convidou os publicanos e pecadores. Foi a sua maneira de demonstrar agradecimento ao Mestre por ter podido sair de uma situação miserável e encontrar a verdadeira felicidade. São Beda o Venerável, comentando a conversão de Mateus, escreve: «A conversão de um coletor de impostos dá exemplo de penitência e de indulgência a outros coletores de impostos e pecadores (...). No primeiro instante da sua conversão, atrai até Ele, que é como dizer até a salvação, a um grupo inteiro de pecadores».

Na sua conversão se faz presente a misericórdia de Deus como se manifesta nas palavras de Jesus frente à crítica dos fariseus: «Misericórdia eu quero, não sacrifícios. De fato, não é a justos que vim chamar, mas a pecadores» (Mt 9,13).

AMANHÃ DIA 22-09 -TERÇO NA CASA DE SEU VALDIR ÀS 19:00HS
OBS: REZEMOS PELA  SAÚDE DE ALEXANDRE (irmão de André)


quinta-feira, 20 de setembro de 2012


Dia Litúrgico: Quinta-feira da 24ª semana do Tempo Comum
Evangelho (Lc 7,36-50)

Tua fé te salvou. Vai em paz!
Hoje, o Evangelho nos chama a ficar atentos ao perdão que o Senhor nos oferece: «Teus pecados estão perdoados» (Lc 7,48). É preciso que os cristãos nos lembremos de duas coisas: que devemos perdoar sem julgar à pessoa e amar muito porque fomos perdoados gratuitamente por Deus. Gera-se um duplo movimento: o perdão recebido e o perdão amoroso que devemos dar.

«Quando alguém lhe insulte, não lhe jogue a culpa, jogue-a ao demônio que, em todo caso, é quem faz insultar, e descarregue nele toda sua ira; em troca, compadeça ao desgraçado que faz o que o diabo lhe mandar» (São João Crisóstomo). Não se deve julgar à pessoa mas reprovar a má ação. A pessoa é um objeto continuado do amor do Senhor, são as ações que nos distanciam de Deus. Nós, então, devemos estar sempre dispostos a perdoar, acolher e amar á pessoa, mas a rejeitar aquelas ações contrarias ao amor de Deus.

«Quem peca fere a honra de Deus e o seu amor, sua própria dignidade de homem chamado a ser filho de Deus e o bem espiritual da Igreja, da qual cada cristão deve ser pedra viva» (Catecismo da Igreja, n. 1487). Através do Sacramento da Penitência, a pessoa tem a possibilidade e a oportunidade de refazer sua relação com Deus e com toda a Igreja. A resposta ao perdão recebido, só pode ser o amor. A recuperação da graça e a reconciliação nos levará à amar com um amor divinizado. Somos chamados para amar como Deus ama!

Perguntemo-nos hoje, especialmente, se somos conscientes da grandeza do perdão de Deus, se somos aqueles que amam à pessoa e lutam contra o pecado e, finalmente, se acudimos com confiança ao Sacramento da Reconciliação. Tudo o podemos com o auxilio de Deus. Que nossa humilde oração nos ajude.

FOTO ABAIXO DE NOSSA CELEBRAÇÃO DO DIA 16/09






terça-feira, 18 de setembro de 2012


Dia Litúrgico: Terça-Feira da 24ª semana do Tempo Comum
Evangelho (Lc 7,11-17)
Jovem, eu te digo, levanta-te!
Hoje se encontram duas comitivas. Uma comitiva que acompanha à morte e a outra que acompanha à vida. Uma pobre viúva seguida por seus familiares e amigos, levava o seu filho ao cemitério e de repente, vê a multidão que ia com Jesus. As duas comitivas se cruzam e se param, e Jesus lhe diz à mãe que ia enterrar o seu filho: «Não chores» (Lc 7,13). Todos ficam olhando Jesus, que não permanece indiferente a dor e ao sofrimento daquela pobre mãe, mas, pelo contrário, se compadece e lhe devolve a vida ao seu filho. E, é que encontrar a Jesus é encontrar a vida, pois Jesus disse de si mesmo: «Eu sou a ressurreição e a vida» (Jo 11,25). São Bráulio de Saragoça escreve: «A esperança da ressurreição deve-nos confortar, porque voltaremos a ver no céu a quem perdemos aqui».

Com a leitura do fragmento do Evangelho que nos fala da ressurreição do jovem de Naim, poderia salientar a divindade de Jesus e insistir nela, dizendo que somente Deus pode voltar um jovem à vida; mas hoje preferiria salientar a sua humanidade, para não ver Jesus como um ser alheio, como um personagem tão diferente de nós, ou como alguém tão excessivamente importante que não nos inspire a confiança que pode nos inspirar um bom amigo.

Os cristãos devemos saber imitar Jesus. Devemos pedir a Deus a graça de ser Cristo para os demais. Tomara que todo aquele que nos veja, possa contemplar uma imagem viva de Jesus na terra! Quem via São Francisco de Assis, por exemplo, via a imagem viva de Jesus. Os santos são aqueles que levam Jesus nas suas palavras e obras e imitam seu modo de atuar e a sua bondade. A nossa sociedade precisa de santos e você pode ser um deles no seu lugar.

FOTOS ABAIXO DE NOSSA VISITA À COMUNIDADE STA.CATARINA















sábado, 15 de setembro de 2012


Exaltação da Santa Cruz



No dia 14 de Setembro, a liturgia da nossa Igreja celebra a festa
da Exaltação da Cruz. O fiel é convidado a penetrar as profundezas de um
“amor que chegou aos extremos” (Jo 13,1), louvando, agradecendo, exaltando.
Não podemos restringir a nossa contemplação ao aspecto doloroso e trágico
dessa “bendita e louvada” Cruz, da qual pendeu a salvação do mundo. Ficamos
chocados e até, revoltados diante dessa ignominiosa crueldade de condenar um
Inocente através do suplício degradante e debochante, que era reservado aos
escravos mais vis e revoltados, os bandidos e salteadores.
 Queremos engrandecer o heroísmo máximo de quem morreu pelas mais
nobres causas, escancarando o acesso à salvação para todos.
Sempre olhamos para o Crucificado com certa tristeza… Além de ter
diante dos olhos a imagem mais cruel do Homem das Dores, vem-nos à lembrança
a causa de tanto sofrimento: os pecados todos desde Adão até o final dos
tempos estão retratados ali, naquela imagem de um transfigurado pela dor,
ingratidão, pela paixão e pelo sofrimento da humanidade toda. O profeta
Isaías, nos Cânticos do Servo de Javé, havia profetizado: “O mais belo dos
homens perdeu toda a sua beleza. Não mais parece nem mesmo gente. Aparece
como “golpeado, humilhado, desonrado e triturado” (Is 53,5).
Contudo, os Santos viam nEle a suma beleza, o maior objeto de
esperança, a figura santa e verdadeira do homem novo. Desta forma, a Cruz
será o grande contraste, o desafio por definição. Por um lado demonstra a
maldade do ser humano e, por outro, a grandiosidade do amor do Pai “que não
poupou a seu próprio Filho” (Rm 8,32) e de Cristo, que demonstra ali o maior
amor pelos amigos, “morrendo por eles” (Jo 15,13).
O Crucificado é, efetivamente, o centro da História humana. É
naquela hora – a HORA entre as demais horas – que se realiza “a plenitude
dos tempos” (Ef 1,10 e Gl 4,4) Jesus havia confidenciado, que naquela hora
iria atrair tudo para si. De fato tudo se agrupa ao redor da Cruz; os povos
que andam nas trevas e os que avançam ao clarão da luz eterna; a história de
cada pessoa e do universo todo adquire pleno sentido à sombra dessa Cruz. É
por isso, que São Paulo nos fala do mistério da Cruz como o mistério
central, o centro de toda a ciência e sabedoria. O Crucificado, no mistério
de sua Paixão e Morte nos assegura o aprendizado dos seus inesgotáveis
tesouros de sabedoria e ciência. Achegando-nos ao Crucificado,
contemplando-o com profunda compenetração, tornamo-nos seus alunos e, se
formos dóceis aos seus ensinamentos, tornamo-nos seguidores dos seus passos
todos… até mesmo dos ensagüentados.
“A Cruz está de pé, enquanto o mundo gira”, cantava-se em séculos
passados, aparecendo, assim, a Cruz como a rocha firme, o baluarte que não
treme diante das coisas que passam. Ela é estável e firme! Ela está firme
enquanto os acontecimentos humanos se desenrolam a seus pés, transformados
pelo sangue redentor, pelo benefício de um amor eterno.
A Cruz é também o grande sinal da esperança última: “Verão aparecer
sobre as nuvens o sinal do Filho do Homem” (Mt 24,30). Os cemitérios, as
lápides sepulcrais quase todas estão assinaladas pela Cruz. É a certeza de
que aqueles que “morreram em Cristo, também ressuscitarão com Ele” (Rm 6,4).
A Cruz atravessa as sombras da morte, os muros do desconhecido mundo do
Além, e abre novas esperanças, a visão preanunciada de uma vida nova de
felicidade eterna: agregação conjunta de todos os bens e alegrias, amizade
transformante com Deus, imersão na sua glória.
A Cruz, dizíamos, se nos apresenta como um grande contraste, um
verdadeiro choque. Ali se defrontam o ódio máximo e o amor maior; o aparente
fracasso e a vitória final, já iniciada; a justiça e a misericórdia; as
luzes e as trevas; a tristeza da morte e o borbulhar das “fontes da alegria
de salvação” (Is, 12,3). A Cruz nos estimula ao sacrifício, ao heroísmo e ao
martírio. Nela os missionários de todos os tempos encontravam inspiração e
impulso evangelizador. Todos os inumeráveis mártires de ontem e de hoje
encontravam nela o ideal e a força para o sofrimento e para o enfrentamento
da própria morte, qualquer que fosse.
A Cruz, ainda hoje, nos irmana na solidariedade com os que sofrem:
doentes, encarcerados, injustiçados, excluídos… Para todos eles (e para
nós também) o Crucificado é a resposta: “Não temais eu venci o mundo” (Jo
16,33).
Ao nos persignarmos com o sinal do cristão – como aprendemos desde
o Catecismo – professamos a nossa fé que brota da Cruz e nela se consuma
como vitória final. Não percamos o lindo costume de enriquecermos as salas
de estar, salas de aula, de decisões maiores, estabelecimentos públicos -
com a figura nobre e, ao mesmo tempo, triste do Crucificado. É perene apelo
à justiça e honestidade. É garantia de acerto.
Ao contemplarmos um pouco mais de perto o Crucificado, entenderemos
melhor os segredos de Jesus e teremos mais coragem para enfrentar os
contratempos do dia-a-dia e nossos olhos penetrarão nos abismos do Amor…
A Cruz é uma das grandes maravilhas de um amor sem limites e sem
explicações, de um amor humano-divino de total doação.

15 DE SETEMBRO: DIA DE NOSSA SENHORA DAS DORES


Nossa Senhora das Dores"Quero ficar junto à cruz, velar contigo a Jesus e o teu pranto enxugar!"

Assim, a Igreja reza a Maria neste dia, pois celebramos sua compaixão, piedade; suas sete dores cujo ponto mais alto se deu no momento da crucifixão de Jesus. Esta devoção deve-se muito à missão dos Servitas – religiosos da Companhia de Maria Dolorosa – e sua entrada na Liturgia aconteceu pelo Papa Bento XIII.

A devoção a Nossa Senhora das Dores possui fundamentos bíblicos, pois é na Palavra de Deus que encontramos as sete dores de Maria: o velho Simeão, que profetiza a lança que transpassaria (de dor) o seu Coração Imaculado; a fuga para o Egito; a perda do Menino Jesus; a Paixão do Senhor; crucifixão, morte e sepultura de Jesus Cristo.

Nós, como Igreja, não recordamos as dores de Nossa Senhora somente pelo sofrimento em si, mas sim, porque também, pelas dores oferecidas, a Santíssima Virgem participou ativamente da Redenção de Cristo. Desta forma, Maria, imagem da Igreja, está nos apontando para uma Nova Vida, que não significa ausência de sofrimentos, mas sim, oblação de si para uma civilização do Amor. 

A ordem dos servitas foi responsável por criar uma devoção especial conhecida como "As Sete Dores de Nossa Senhora", que nos lembram os momentos de sofrimento e entrega de Maria ao seu Senhor.  São elas:
1- A profecia de Simeão - Lc 2, 35
2- A fuga com o Menino para o Egito - Mt 2, 14
3- A perda do Menino no templo, em Jerusalém - Lc 2, 48
4- O encontro com Jesus no caminho do calvário - Lc 23, 27
5- A morte de Jesus na cruz - Jo 19, 25-27
6- A lançada no coração e a descida de Jesus da cruz - Lc 23, 53
7- O sepultamento de Jesus e a solidão de Nossa Senhora - Lc, 23, 55

Oração a Nossa Senhora das Dores

Virgem Santíssima das Dores, olhai-me carregando a cruz de meu sofrimento.
Acompanhai-me como acompanhastes a Vosso Filho Jesus no caminho do Calvário.
Sois minha Mãe e vos necessito.
Ajudai-me a sofrer com amor e esperança para que minha dor seja dor redentora.
Que as mãos de Deus se convertam num grande bem para a salvação de almas.
Amém.
HOJE DIA 15, TEREMOS TERÇO NA COMUNIDADE STA. CATARINA ÀS 19:OOhs.
AMANHÃ DIA 16, MISSA NA MATRIZ ÀS 19:OO hs ANIMADA PELO TERÇO DOS HOMENS.