EVANGELHO DO DIA
Evangelho (Mt 8,5-17)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 5 quando Jesus entrou em Cafarnaum, um oficial romano aproximou-se dele, suplicando: 6 “Senhor, o meu empregado está de cama, lá em casa, sofrendo terrivelmente com uma paralisia”.
7 Jesus respondeu: “Vou curá-lo”. 8 O oficial disse: “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado. 9 Pois eu também sou subordinado e tenho soldados sob minhas ordens. E digo a um: ‘Vai!’, e ele vai; e a outro: ‘Vem!’, e ele vem; e digo a meu escravo: ‘Faze isto!’, e ele faz”.
10 Quando ouviu isso, Jesus ficou admirado, e disse aos que o seguiam: “Em verdade, vos digo: nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé. 11 Eu vos digo: muitos virão do Oriente e do Ocidente, se sentarão à mesa no Reino dos Céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó, 12 enquanto os herdeiros do Reino serão jogados para fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes”.
13 Então, Jesus disse ao oficial: “Vai! e seja feito como tu creste”. E, naquela mesma hora, o empregado ficou curado. 14 Entrando Jesus na casa de Pedro, viu a sogra dele deitada e com febre. 15 Tocou-lhe a mão, e a febre a deixou. Ela se levantou, e pôs-se a servi-lo. 16 Quando caiu a tarde, levaram a Jesus muitas pessoas possuídas pelo demônio. Ele expulsou os espíritos, com sua palavra, e curou todos os doentes, 17 para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías: “Ele tomou as nossas dores e carregou as nossas enfermidades”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
Papa e bispos devem crescer em colegialidade, afirma Francisco na imposição do pálio
Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco presidiu na manhã deste sábado à Santa Missa na Basílica Vaticana, por ocasião da Solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo (no Brasil será celebrada neste domingo, 30), padroeiros da Igreja de Roma.
A cerimônia teve início com o rito da imposição do pálio, símbolo de comunhão com o Bispo de Roma, a 34 novos Arcebispos metropolitanos, entre os quais três brasileiros: Dom Antônio Carlos Altieri, da Arquidiocese de Passo Fundo (RS), Dom Sérgio Eduardo Castriani, Arcebispo de Manaus (AM), e Dom Moacir Silva, Arcebispo de Ribeirão Preto (SP).
A presença de Bispos de todo o mundo, disse o Papa em sua homilia, torna esta festa ainda mais jubilosa, pois constitui uma enorme riqueza que faz reviver, de certa forma, o evento de Pentecostes: “Hoje, como então, a fé da Igreja fala em todas as línguas e quer unir os povos numa só família”.
O Pontífice desenvolveu três pensamentos sobre o ministério petrino, guiados pelo verbo “confirmar”. Em primeiro lugar, confirmar na fé. O Evangelho fala da confissão de Pedro: “Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo”, uma confissão que não nasce dele, mas do Pai celeste. É por causa desta confissão que Jesus diz: “Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja”. “O papel, o serviço eclesial de Pedro tem o seu fundamento na confissão de fé em Jesus, o Filho de Deus vivo, tornada possível por uma graça recebida do Alto”, explicou Francisco, que todavia advertiu para o perigo de pensar de forma mundana.
“Quando deixamos prevalecer os nossos pensamentos, os nossos sentimentos, a lógica do poder humano e não nos deixamos instruir e guiar pela fé, por Deus, tornamo-nos pedra de tropeço. A fé em Cristo é a luz da nossa vida de cristãos e de ministros na Igreja!”
Em segundo lugar, o Bispo de Roma é chamado a confirmar no amor. Na segunda leitura, São Paulo diz: “Combati o bom combate, terminei a corrida, permaneci fiel”. O combate ao qual o Apóstolo se refere não é o das armas humanas, “que infelizmente ainda ensanguenta o mundo”, mas o combate do martírio.
“São Paulo tem uma única arma: a mensagem de Cristo e o dom de toda a sua vida por Ele e pelos outros. (...) O Bispo de Roma é chamado a viver e confirmar neste amor por Cristo e por todos, sem distinção, limite ou barreira. E não só o Bispo de Roma: todos vocês, novos arcebispos e bispos, têm a mesma tarefa: deixar-se consumar pelo Evangelho. A tarefa de não se poupar, sair de si a serviço do santo povo fiel de Deus.”
Por fim, o Sucessor de Pedro deve confirmar na unidade. Francisco se dirigiu diretamente aos Arcebispos para falar que a presença deles nesta cerimônia é o sinal de que a comunhão da Igreja não significa uniformidade e não só, é preciso reforçar a colegialidade: “Devemos caminhar por esta estrada da sinodalidade, crescer em harmonia com o serviço do primado”.
Na Igreja, disse o Papa, a variedade sempre se funde na harmonia da unidade, como um grande mosaico onde todos os ladrilhos concorrem para formar o único grande desígnio de Deus. “E isto deve impelir a superar sempre todo o conflito que possa ferir o corpo da Igreja. Unidos nas diferenças. Não há outra estrada católica para nos unir. Este é o espírito católico, este é o espírito cristão: unir-se nas diferenças. Este é o caminho de Jesus!”
Como é tradição desde 1969, uma delegação do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla participou da celebração – presença que é retribuída por ocasião da Festa de Santo André, em 30 de novembro.
AVISO: HOJE TERÇO NA CASA DO BATATA, SAÍDA DA FRENTE DA IGREJA AS 18:30H