quarta-feira, 30 de abril de 2014

Meditando o Evangelho de hoje

Evangelho de hoje: Jo 3,16-21


Quarta-feira na 2ª Semana do Tempo Pascal

Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus não enviou o Filho ao mundo para condená-lo, mas para que o mundo seja salvo por ele. Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não crê no nome do Filho único de Deus. Ora, este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas do que a luz, pois as suas obras eram más. Porquanto todo aquele que faz o mal odeia a luz e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas aquele que pratica a verdade vem para a luz. [...]



Comentário

No evangelho de João, apresentam-se com frequência elementos opostos: luz ou trevas, verdade ou mentira, salvação ou condenação. Por cima de tudo, porém, a realidade última é a de um Deus que ama de tal maneira o mundo que lhe entrega seu Filho. A partir daquele momento, a decisão é nossa: deixar-nos acolher por esse amor e entrar na verdade e na luz ou nos fecharmos a ele e permanecermos voluntariamente nas trevas. Quem não quer achegar-se à luz e ser abraçado por seu amor?

terça-feira, 29 de abril de 2014

Meditando o Evangelho de hoje

Evangelho de hoje: Jo 3,7b-15


Segunda Semana do Tempo Pascal

Necessário vos é nascer de novo. O vento sopra onde quer; ouves-lhe o ruído, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece com aquele que nasceu do Espírito”. Replicou Nicodemos: "Como se pode fazer isso?”. Disse Jesus: "És doutor em Israel e ignoras estas coisas!... Em verdade, em verdade te digo: dizemos o que sabemos e damos testemunho do que vimos, mas não recebeis o nosso testemunho. Se vos tenho falado das coisas terrenas e não me credes, como crereis se vos falar das celestiais? Ninguém subiu ao céu senão aquele que desceu do céu, o Filho do Homem que está no céu.” [...]



Comentário

Nicodemos se encontra diante da proposta incomum de interrupção e de um novo começo. Não era isso a que estava acostumado em sua condição de fariseu, habituado à continuidade e à tradição repetida. Por isso, reage com ceticismo: Como pode um homem nascer sendo velho? ... Como vai poder ele mesmo fazer uma coisa dessas? A resposta de Jesus se situa em outra dimensão: esse novo nascimento é obra do Espírito.

29 de abril – Santa Catarina de Sena



Olá, irmãos!!!
Jesus ressuscitou! Sim, verdadeiramente ressuscitou! Aleluia!Aleluia!Aleluia!
Que grande graça podermos vivenciar juntos esta ressurreição de Cristo. Poder contemplar a promessa da ressurreição, também, em nossas vidas. Contudo para vivermos a ressurreição temos que passar pela dor. Assim foi a vida de muitos santos e santas da Igreja, mesmo diante de humilhações, dores e perseguições nutriam no silêncio da alma a esperança de celebrar a glória, a ressurreição. Desse mesmo modo viveu uma virgem que tornou-se doutora da Igreja: Santa Catarina de Sena.
Catarina nasceu em Sena, Itália, em 1347. Aos 15 anos já adentrava na vida monástica atraída pelas obras de caridade e no ímpeto de fugir do matrimônio. Morreu em 1380, na solidão.
Ao descrever a história de Santa Catarina percebemos que o extraordinário em sua vida, em relação as experiências com Deus, iniciaram a partir do momento que ela decidiu-se verdadeiramente, e de maneira ousada, por Cristo. Catarina empenhou-se em um projeto de reformar a Igreja, denunciar o luxo e a corrupção, imprimir uma manifestação fervorosa de amor a Deus, reconciliar cristãos divididos e dispersos. Esse projeto tomou uma proporção grandiosa, porque Catarina não se ateve apenas no local em que morava, mas peregrinou em várias regiões para incendiar o coração de vários irmãos com o amor a Jesus.
Irmãos, todos nós desde o nosso batismo somos chamados a participar desse projeto reformador, a anunciar o evangelho a toda a criatura, a gritar para todo o mundo ouvir a manifestação do amor do Pai em nossas vidas. Eu, agora, pergunto: Você tem anunciado a Cristo? Na sua família? No seu trabalho? Na suas férias? Tem agradecido a Deus pelas graças recebidas? Ou tem dito e feito como muitos, a oração de quem fica no meio do muro, ou mesmo a oração do murmúrio: “Não sei por onde começo a anunciar! Não sei onde Deus quer que eu comece a falar sobre o seu amor! Estou esperando um sinal de Deus! Deus não me ama! Deus não escuta as minhas orações.”
Desculpem irmãos, mas se você tem estabelecido uma relação com Deus desta maneira, provavelmente, Ele não irá te atender. Deus não gosta de nos ver triste, pra baixo, por isso Ele nós ensina a oração do louvor. O louvor deve ser utilizado, principalmente, quando não sentimos vontade, quando estamos cheios de problemas e dificuldades. A vida de Cristo nos revela que a vida do cristão deve ser um eterno aceitar da vontade de Deus em nossas vidas, ou seja, um grande louvor, mesmo diante das situações em que não entendemos como elas surgiram ou se achegaram a nós. E, é por meio do louvor, que vamos renovando as nossas esperanças, aumentando a nossa confiança de que dias melhores virão.
Também na oração do louvor, Deus nos conduz a aproximar de pessoas que nos auxiliarão a fortalecer a nossa fé; e que irão revelar-nos que, por mais que a tristeza invada o nosso coração, devemos buscar com mais intensidade imprimir em nós a confiança de que o próprio Jesus agirá em nossas vidas.
Começando a viver hoje esta certeza de amor de Deus em minha vida e na sua vida. Comece a louvar, não importa a sua condição, o jeito que você está hoje. Vamos sair da nossa zona de conforto, vamos anunciar o evangelho. Não tenhamos medo, ainda que o mundo queira nos fazer chorar; vamos colocar um sorriso no rosto e agradeçamos a Deus. Deixamo-nos que Ele possa invadir a nossa alma da mesma maneira que Ele fazia com Santa Catarina.
Tão grandiosa era a ousadia e a decisão de Catarina por Cristo, que Ele a retribuiu com inúmeras manifestações de amor. Cristo invadia e incendiava a alma de Catarina com um amor jamais sentido nesta terra. Incontáveis foram os êxtases de amor com o Pai do Céu, especialmente, quando a mesma encontrava-se em adoração a Jesus Eucarístico. Busque, urgentemente, ao Senhor enquanto Ele se deixa ser encontrado. Vamos viver êxtases de amor com Cristo.
O desafio para nós neste final de semana é o de anunciar o evangelho onde quer que estejamos e, de fazer ao menos uma hora de adoração ao Santíssimo Sacramento. Coloque em intenção a sua missão evangelizadora, o seu papel de anunciar a palavra de Deus e, que Deus conceda-lhe a graça de ser uma alma adoradora.
Contemos com a intercessão de Santa Catarina de Sena.
Santa Catarina de Sena, rogai por nós!

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Meditando o Evangelho de hoje

Evangelho de hoje: Jo 3,1-8


Segunda Semana do Tempo Pascal

Havia um homem entre os fariseus, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus. Este foi ter com Jesus, de noite, e disse-lhe: "Rabi, sabemos que és um Mestre vindo de Deus. Ninguém pode fazer esses milagres que fazes, se Deus não estiver com ele”. Jesus replicou-lhe: "Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer de novo não poderá ver o Reino de Deus”. Nicodemos perguntou-lhe: "Como pode um homem renascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no seio de sua mãe e nascer pela segunda vez?”. Respondeu Jesus: "Em verdade, em verdade te digo: quem não renascer da água e do Espírito não poderá entrar no Reino de Deus”. [...]

_________________________________________________________________

Comentário


Nascer do Espírito é estar disposto a pautar a vida pela Lei do Amor. Diante de uma cultura que prega o pagar o mal com o mal, a guardar ódio no coração contra os que me ofendem, tenho de "morrer” para as atitudes de quem não acredita em Deus e "renascer” para a novidade do Evangelho. Ela me manda não guardar rancor, acalentar pensamentos positivos para com meus irmãos, perdoar a quem me procura pedindo desculpas e ser humilde para correr a fazer o mesmo a meu irmão a quem tenha ofendido. Ensina-me a não ter preconceitos contra ninguém, pois todos são feitos à imagem de Deus.

Papa Francisco canoniza João Paulo II e João XXIII

João Paulo II e João XXIII foram inscritos no livro dos santos na manhã deste domingo, 27, festa da Divina Misericórdia


São João Paulo II e São João XXIII. Na manhã deste domingo, 27, festa da Divina Misericórdia, Papa Francisco canonizou os Papas beatos João Paulo II e João XXIII. A cerimônia acontece na Praça São Pedro e conta com a presença do Papa Emérito Bento XVI.
A cerimônia teve início às 10 h (em Roma, 5 h no horário de Brasília). O rito de canonização aconteceu logo no início da Missa. O Santo Padre fez as petições, seguido do Cardeal Angelo Amato, que é o presidente da Congregação para a Causa dos Santos.
“Lemos nossa oração a Deus Pai, por meio de Jesus Cristo, para que por intercessão da Virgem Maria fortaleça com sua graça o que estamos para realizar”, disse Francisco.
reliquias_papasApós a leitura da fórmula de canonização, com a qual os dois beatos se tornaram santos, foi realizada a procissão das relíquias dos dois santos. O momento foi sucedido pelo agradecimento dirigido ao Santo Padre pelo Cardeal Amato, que pediu a redação da carta apostólica referente à canonização, pedido ao qual Francisco já respondeu: “Ordenamos”.
Após a canonização, Francisco dá sequência à cerimônia com a celebração da Santa Missa.



Legados
Dentre os grandes feitos pelos dois santos padres, destaca-se o Concílio Vaticano II, convocado por João XXIII (o papa Bom), que abriu os caminhos para uma Igreja mais globalizada, visto que esta grande assembleia ecumênica teve como orientação fundamental a procura de um papel mais participativo para a fé católica na sociedade, com atenção para os problemas sociais, políticos e econômicos.
João Paulo II seguiu esse caminho de abertura da Igreja, sendo aclamado como um dos líderes mais influentes do século XX. Teve um papel fundamental para o fim do comunismo no norte da Europa, bem como na melhora das relações da Igreja Católica com outras religiões. O criador da Jornada Mundial da Juventude também é reconhecido pelo zelo que tinha com a evangelização dos jovens.
As canonizações acontecerão a partir das 10h horário de Roma, 17h aqui no Recife, com transmissão ao vivo no cinema do Rio Mar Shopping.
Biografias
João Paulo II – Karol Józef Wojtyla nasceu em 18 de maio de 1920 em Wadowice na Polônia. Foi eleito Papa em outubro de 1978 e morreu no dia 2 de abril de 2005. Teve um dos pontificados mais longos da Igreja, 27 anos.
Sua beatificação aconteceu em 1º de maio de 2011 numa cerimônia que reuniu mais de 1 milhão de pessoas e foi presidida pelo Papa Bento XVI, em Roma.
João XXIII – Angelo Giuseppe Roncalli nasceu em 25 de novembro de 1881 em Sotto il Monte, diocese e província de Bérgamo, Itália. Foi eleito Papa em outubro de 1958 e morreu dia 3 de junho de 1963. Foi Beatificado por João Paulo II em 3 de setembro de 2000.
Embora seu pontificado tenha durado menos de cinco anos, escreveu as Encíclicas “Pacem in terris”, sobre a paz, e “Mater et magistra”, sobre a questão social à luz da doutrina cristã. Além disso, convocou o Sínodo romano e instituiu uma Comissão para a revisão do Código de Direito Canônico.

terça-feira, 22 de abril de 2014


 Jo 20,11-18



Terça-feira na Oitava de Páscoa

Maria se conservava do lado de fora perto do sepulcro e chorava. Chorando, inclinou-se para olhar dentro do sepulcro. Viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde estivera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. Eles lhe perguntaram: "Mulher, por que choras?”. Ela respondeu: "Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram”. Ditas essas palavras, voltou-se para trás e viu Jesus em pé, mas não o reconheceu. Perguntou-lhe Jesus: "Mulher, por que choras? Quem procuras?”. Supondo ela que fosse o jardineiro, respondeu: "Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste e eu o irei buscar”. Disse- lhe Jesus: "Maria! ” Voltando-se ela, exclamou em hebraico: "Rabuni!”. [...]



Comentário

Maria Madalena rondava o sepulcro e "buscava entre os mortos o Vivente”. Seus olhos não foram capazes de reconhecê-lo, mas sim seu ouvido e, ao escutar seu nome pronunciado pelo Senhor, reage como uma discípula atenta à Palavra. Invoca-o como Mestre e entre ambos se reata a relação de discipulado e seguimento. "Eu vi o Senhor”, anuncia ela aos apóstolos. "Ouvimos o Senhor”, nós também podemos anunciar. 

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Evangelho de hoje: Mt 28,8-15


Segunda-feira na Oitava de Páscoa

Elas se afastaram prontamente do túmulo com certo receio, mas ao mesmo tempo com alegria, e correram a dar a Boa-Nova aos discípulos. Nesse momento, Jesus apresentou-se diante delas e disse-lhes: "Salve!”. Aproximaram-se elas e, prostradas diante dele, beijaram-lhe os pés. Disse-lhes Jesus: "Não temais! Ide dizer aos meus irmãos que se dirijam à Galileia, pois é lá que eles me verão”. Enquanto elas voltavam, alguns homens da guarda já estavam na cidade para anunciar o acontecimento aos príncipes dos sacerdotes. [...]

__________________________________________________________________

Comentário

Depois da morte de Jesus, o medo e o desânimo se haviam apoderado dos discípulos e discípulas, mas enquanto eles se fechavam no cenáculo, as mulheres se dirigem ao sepulcro, levando perfumes. Também não acreditam na possibilidade da ressurreição, mas decidem ganhar da morte, ao menos atrasando a corrupção do cadáver. E àquele gesto pequeno responde "o Vivente” saindo ao seu encontro no caminho. Do mesmo jeito que a elas, o Senhor Ressuscitado nos sai ao encontro em nossos caminhos.

sábado, 19 de abril de 2014


Meditando o Evangelho de hoje

 Mt 28,1-10


Sábado Santo - Vigília Pascal

Depois do sábado, quando amanhecia o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o túmulo. E eis que houve um violento tremor de terra: um anjo do Senhor desceu do céu, rolou a pedra e sentou-se sobre ela. Resplandecia como relâmpago e suas vestes eram brancas como a neve. Vendo isso, os guardas pensaram que morreriam de pavor. Mas o anjo disse às mulheres: "Não temais! Sei que procurais Jesus, que foi crucificado. Não está aqui: ressuscitou como disse. Vinde e vede o lugar em que ele repousou. Ide depressa e dizei aos discípulos que ele ressuscitou dos mortos. Ele vos precede na Galileia. Lá o haveis de rever, eu vo-lo disse”. [...]


Comentário

Duas mulheres começam a andar quando ainda está amanhecendo e se aproximam dos lugares de morte para tentar arrebatar-lhe algo de sua vitória, para tentar apagar algo de seu rastro com a força de seus perfumes. Sabem que não podem mover a pedra, mas isso não detém aquelas mulheres que tinham saído à procura do Crucificado. E a resposta a seu amor obstinado é o encontro com o Senhor Ressuscitado. Delas, recebemos a boa notícia: o Vivente sai sempre ao encontro dos que o buscam e os inunda com sua alegria.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

QUARTA-FEIRA SANTA

EVANGELHO DO DIA

Judas trai Jesus - Mt 26,14-25

Um dos doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes e disse: “Que me dareis se eu vos entregar Jesus?” Combinaram trinta moedas de prata. E daí em diante, ele procurava uma oportunidade para entregá-lo. [...] Jesus se pôs à mesa com os Doze. Enquanto comiam, ele disse: “Em verdade vos digo, um de vós me vai entregar”. Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a perguntar-lhe: “Acaso sou eu, Senhor?” [...] Então Judas, o traidor, perguntou: “Mestre, serei eu?” Jesus lhe respondeu: “Tu o dizes”.

Procissão do Encontro de Nosso Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores


Na Semana Santa, em muitas paróquias, realiza-se na Quarta-feira Santa a “Procissão do Encontro” entre: o Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores. Trata-se de uma devoção popular que muito valorizada pelos fiéis, especialmente nas cidades do interior. Os homens saem de uma igreja com a imagem de Nosso Senhor dos Passos e as mulheres de outra igreja com a imagem de Nossa Senhora das Dores. Acontece então o doloroso encontro entre a Mãe e o Filho. O padre, então, proclama o Sermão das Sete Palavras, rito no qual são lembradas as sete últimas palavras de Jesus, no Calvário:
  • 1. Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem. (Lc 23,34a);
  • 2. Hoje estarás comigo no paraíso. (Lc 23,43);
  • 3. Mulher eis aí o teu filho, filho eis aí a tua mãe. (Jo 19,26-27);
  • 4. Meu Deus, Meu Deus, porque me abandonastes?! (Mc 15,34);
  • 5. Tenho sede. (Jo 19,28 b);
  • 6. Tudo está consumado. (Jo 19,30 a);
  • 7. Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito. (Lc 23,46 b).
sacerdote, diante das imagens de Jesus Cristo e da Virgem Maria, faz uma reflexão com estas passagens bíblicas, chamando o povo à conversão e à penitência. Entre as reflexões, há momentos de grande silêncio, em contemplação à imagem de Nosso Senhor dos Passos com a cruz às costas e a de Nossa Senhora das Dores, que compartilha as dores do seu Filho.

Quinta Feira Santa


Na Quinta-feira Santa, celebra-se em todas as dioceses a Santa Missa Crismal, ou Missa dos Santos Óleos. Nesta celebração, óleo de oliva misturado com perfume (bálsamo) é consagrado pelo Bispo para ser usado nas celebrações do BatismoCrismaUnção dos Enfermos e Ordenação.
Santa Missa Crismal (Santos Óleos) - fim da Semana Santa

  • Óleo do Crisma - Mistura de óleo]] e perfume, significando plenitude do Espírito Santo, revelando que o cristão deve irradiar "o bom perfume de Cristo". É usado no sacramento do Batismo, depois da imersão nas águas do batismo, o batizado é ungido na fronte, no sacramento da Confirmação (Crisma) quando o cristão é confirmado na graça e no dom do Espírito Santo, para viver como adulto na fé. Este óleo é usado também no sacramento da Ordem, para ungir os "escolhidos" que anunciarão da Palavra de Deus, conduzindo e santificando o povo através do ministério dos sacramentos. A cor que representa esse óleo é o branco ouro.
  • Óleo dos Catecúmenos - Catecúmenos são os fiéis que se preparam para receber o Batismo, sejam adultos ou crianças, antes do rito da efusão da da imersão na água. Este óleo significa e realiza a libertação do mal. A força de Deus, que penetra no catecúmeno, o liberta e prepara para o nascimento pela água e pelo Espírito. A cor que o representa é vermelha.
  • Óleo dos Enfermos - Usado no sacramento dos enfermos, conhecido erroneamente como "extrema-unção". Este óleo significa e realiza a ação da força do Espírito de Deus na provação da doença, para o fortalecimento da pessoa para enfrentar os sofrimentos. Além do fortalecimento espiritual, a unção dos enfermos é um sacramento de cura do corpo, não somente para doentes terminais, mas para as pessoas que sofrem com enfermidades, que vão passar por cirurgias ou que estão se recuperando destas. O Óleo dos Enfermos é representado pela cor roxa.

Missa da Ceia do Senhor - início do Tríduo Pascal

Nas vésperas da Sexta-feira da Paixão, na Quinta-feira Santa tem início o Tríduo pascal, com a celebração da Missa da Ceia do Senhor. Nesta celebração, vivemos o momento sacramental deste mistério, atualiza-se, torna-se presente a realidade pascal ao longo de todos os séculos. No rito da Ceia do Senhor, que Jesus mandou celebrar em sua memória, Ele nos ofereceu o sacrifício pascal. Esta celebração litúrgica não é primitiva, talvez porque a tradição antiga tenha posto a instituição da Eucaristia e o início da Paixão na Terça e na Quarta-feiras Santas. Somente a partir dos séculos IV e V passou-se a celebrar a Ceia do Senhor na Quinta-feira Santa. O rito do "lava-pés", que anteriormente era complementar, com a atual reforma passa a fazer parte da celebração da Ceia do Senhor, depois da proclamação do Evangelho e da homilia. Este rito ajuda a compreender a importância do mandamento do amor para os cristãos.
Depois da celebração da Missa da Ceia do Senhor, o altar é desnudado. A desnudação do altar é um rito prático, com a finalidade de tirar da igreja todas as manifestações de alegria e de festa, como manifestação de um grande e respeitoso silêncio pela paixão e morte de Jesus. O rito atual é realizado de modo muito simples, após a Santa Missa, em silêncio e sem a participação da assembléia. As orientações do Missal Romano pedem que sejam retiradas as toalhas do altar e, se possível, as cruzes. O significado é o silêncio respeitoso da Igreja que faz memória de Jesus que sofre a Paixão e sua morte de Jesus, por isso, despoja-se de tudo o que possa manifestar festa.

                         Sexta Feira da Paixão

A Sexta-feira Santa não é dia de pranto e de luto, mas de silenciosa e amorosa contemplação do sacrifício cruento, com derramamento de sangue, de Jesus Cristo, fonte de nossa salvação. Nela a Igreja celebra a morte vitoriosa de Jesus Cristo sobre a morte. O elemento fundamental e universal da liturgia deste dia é a proclamação da Palavra de Deus, visto que a Igreja, por antiquíssima tradição, não celebra a Eucaristia neste dia. O rito da celebração da Paixão do Senhor é composto de três partes: a liturgia da Palavra, a adoração da Cruz e a comunhão eucarística.

Sábado Santo

O Sábado Santo foi sempre, pelo menos desde o século II, dia de jejum pleno e alitúrgico, no qual não é celebrada a Eucaristia. Nesse dia, venera-se o repouso de Jesus no sepulcro, a sua descida aos infernos e o seu misterioso encontro com todos aqueles que esperavam que se abrissem as portas do Céu (cf. 1 Pd 3, 19-20; 4, 6). No Sábado Santo, a Igreja permanece ao lado do sepulcro do Senhor, meditando sua paixão, abstendo-se da Missa até a solene Vigília Pascal, ou espera noturna da ressurreição do Senhor Jesus Cristo.

Vigília Pascal

A Vigília Pascal é uma das liturgias mais ricas em conteúdo e simbolismo que a Igreja celebra. O núcleo de todo o ano litúrgico, de que nasce qualquer outra celebração, é a Vigília Pascal, que culmina na oferta do sacrifício de Jesus Cristo no altar da Cruz. Segundo antiga tradição da Igreja, esta é uma noite de vigília em honra do Senhor
(cf. Ex 12, 42). Os fiéis, como recomenda o Evangelho (cf. Lc 12, 35ss), devem esperar como os servos, com as lamparinas acesas, o retorno do Senhor, para quando Ele chegar os encontre em vigília e os convide a sentar-se à mesa.

Domingo de Páscoa - fim do Tríduo Pascal

A partir dos séculos IV e V surgem os primeiros testemunhos da celebração eucarística do Domingo de Páscoa, ou Domingo da Ressurreição. A liturgia deste dia celebra o acontecimento pascal como dia de Cristo, o Senhor. A liturgia da Palavra contém o querigma pascal e a recordação dos compromissos da vida nova em Jesus ressuscitado, que acentuam o valor da celebração da Pascoa, que faz o fiel entrar, por sua participação, na condição de vida nova em Cristo.
Jesus Cristo comunica ao mundo, pela sua vitória sobre a morte e o pecado e por sua ressurreição, o seu Espírito de vida que muda o coração do homem, Espírito de liberdade que redime a humanidade das raízes mais profundas de suas escravidões, pois redime do pecado. Esta é a verdadeira libertação pascal realizada por Jesus Cristo.
IMPORTANTE!

HOJE DIA 16/04: OFÍCIO DAS DORES DE NOSSA SENHORA
LOCAL: PARÓQUIA NSRA  IMACULADA CONCEIÇÃO/CAUCAIA DO ALTO
HORÁRIO: 19:00 hs
Participação do Terço dos Homens Nsra do Carmo

terça-feira, 15 de abril de 2014




Meditando o Evangelho de hoje

Evangelho de hoje: Jo 13,21-33.36-38


Terça-feira da Semana Santa

Dito isso, Jesus ficou perturbado em seu espírito e declarou abertamente: "Em verdade, em verdade vos digo: um de vós me há de trair!...”. [...] Um dos discípulos, a quem Jesus amava, estava à mesa reclinado ao peito de Jesus. Simão Pedro acenou-lhe para dizer-lhe: "Dize-nos, de quem é que ele fala”. Reclinando-se esse mesmo discípulo sobre o peito de Jesus, interrogou-o: "Senhor, quem é?”. Jesus respondeu: "É aquele a quem eu der o pão embebido”. Em seguida, molhou o pão e deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes. [...] "Agora é glorificado o Filho do Homem, e Deus é glorificado nele. Se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e o glorificará em breve”. [...]



Comentário

Nesse momento em que Jesus está profundamente comovido diante da perspectiva da traição de um de seus discípulos, o evangelista João traz à cena outro deles: o discípulo a quem Jesus tanto queria. Esse discípulo, que goza de uma especial amizade e intimidade com Jesus, aparece como o confidente de seus segredos e não sentirá vergonha de identificar-se com ele na hora de sua humilhação, permanecendo fiel ao pé da cruz. Cada um de nós pode ser esse discípulo: seu lugar "não está reservado”.

Vivendo a Paixão de Cristo


Jesus, quando ensinava seus discípulos, dizia: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me” (Mt 16,24).
“Se alguém me quiser servir, siga-me; e onde eu estiver, ali estará também o meu servo” (Jo 12,26). Há um caminho, um trilho no seguimento de Jesus. Todos nós queremos, mas nem sempre sabemos como fazer e nem se estamos fazendo. Pensamos que estamos fora da estrada. Mas Jesus tem um trilho secreto: “porque estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos são os que a encontram” (Mt 7.14).
Basta saber se o caminho está meio apertado para ter certeza que é a estrada justa. Não que Jesus queira nos criar dificuldades e dar uma salvação impossível.
Mas se o caminho oposto é largo é porque nos facilita excessivamente fazendo somente nossos gostos. O aperto do caminho é porque se baseia na vontade do Pai. Esta Ele quis fazer.
O aperto está no fato de que é único. Mas se estamos nele, estamos seguros e tranqüilos.
Desprezou o que o mundo poderia oferecer fora da vontade do Pai, decididamente foi para Jerusalém, como relata Lucas: “Jesus caminhava à frente, subindo para Jerusalém” (Lc 19,28). O caminho da Paixão de Jesus. Participar da Paixão de Cristo é fazer seu caminho. Participar significar unir-se a Cristo que se oferece ao Pai pelo mundo.
A capacidade de doação de Cristo é o conteúdo de seu sacrifício doloroso que o acompanha desde sua encarnação. Esta doação de serviço, Jesus a manifesta claramente nos dias de sua dolorosa Paixão: na Quinta-Feira Santa concretiza sua doação quando lava os pés dos discípulos. E a entrega ao serviço do próximo como realização da vontade do Pai. Este gesto se transforma na extremada entrega que faz de si mesmo, dando-se como alimento. Ele reparte e partilha o pão que é seu corpo e o vinho que é seu sangue.
Este gesto é a explicação de sua entrega total na cruz. Jesus realiza em símbolos na Ceia, o que vai realizar na realidade na cruz. Quando manda fazer em sua memória, não é só repetir o gesto, mas repetir, sobretudo a entrega. Nossas missas não rendem mais para nós, porque não possuem nossa entrega com Cristo.
 
O caminho da Paixão de Cristo é sua entrega como serviço humilde para garantir ao mundo do Pai.
Não fazemos memória de seu gesto redentor. O caminho da Paixão de Cristo é sua entrega como serviço humilde para garantir ao mundo o amor do Pai. Ligamos sempre a Paixão à dor, mas ela deve estar unida primeiro ao amor, pois é uma paixão de Jesus por se entregar por amor ao Pai. Amor é nas águas.
Quando Jesus morre, o soldado enfiou-lhe a lança e saiu sangue e água. Estas águas se transformaram em um rio caudaloso. Ezequiel (47,1ss) explica-nos que a água brotava do limiar do templo em uma pequena fonte e depois se transformava num rio, assim também a água do lado de Cristo, novo templo, mesmo sendo pouca, transforma-se num rio onde podemos nos lavar no batismo e fecundar em nós a vida nova que vem de sua entrega ao Pai. Estas águas nascem de seu coração como uma fonte de amor, ungidas pelo seu sangue redentor.
Na Noite da Páscoa, faça a renovação das promessas do Batismo e afunde-se no rio de amor que sai do lado de Cristo e se represa na sua Páscoa, fazendo um lago onde, mergulhados, deixamos nossas fraquezas e levantamos repletos da graça que dá a vida.
HOJE 15/04: OFÍCIO DAS TREVAS E PROCISSÃO DO ENCONTRO 
LOCAL:PARÓQUIA NSRA IMACULADA CONCEIÇÃO-CAUCAIA DO ALTO
18:30: Os homens sairão da igreja de Santa Catarina com a imagem do senhor dos passos e as mulheres da igreja de São Luiz Gonzaga com a imagem de Nossa Senhora das Dores, chegando na praça da matriz acontecerá o encontro e em seguida ofício das trevas.
OBS: Homens do terço vir com a camiseta do movimento
Em breve... fotos da encenação da via-sacra 13/04

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Evangelho de hoje: Jo 12,1-11


Segunda-feira da Semana Santa

Seis dias antes da Páscoa, foi Jesus a Betânia, onde vivia Lázaro, que ele ressuscitara. Deram ali uma ceia em sua honra. Marta servia e Lázaro era um dos convivas. Tomando Maria uma libra de bálsamo de nardo puro, de grande preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos. A casa encheu-se do perfume do bálsamo. Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de trair, disse: "Por que não se vendeu este bálsamo por trezentos denários e não se deu aos pobres?”. [...] Jesus disse: "Deixai-a; ela guardou este perfume para o dia da minha sepultura. Pois sempre tereis convosco os pobres, mas a mim nem sempre me tereis”. [...]

_________________________________________________________________

Comentário


Diante do gesto de Maria, os comensais adotam duas maneiras diferentes: uns, representados por Judas Iscariotes, reagem a partir da lógica da economia e da reserva, enquanto que a resposta de Jesus parte da lógica da gratuidade. Ele mesmo experimentou sua vida como aquele frasco cheio de perfume que ia se romper para inundar o mundo com a fragrância de seu amor. Nós podemos hoje continuar reagindo de uma dessas duas maneiras. Qual delas vamos escolher?


FOTOS DO DOMINGO DE RAMOS NA PARÓQUIA NSRA IMACULADA CONCEIÇÃO
CAUCAIA DO ALTO







AVISO: DIA 15/04 - PROCISSÃO DO ENCONTRO E OFÍCIO DAS TREVAS 

18:30: AS MULHERES IRÃO SAIR DA IGREJA DE SÃO LUIZ GONZAGA COM A                   IMAGEM DE NSRA DAS DO RES, E OS HOMENS DA IGREJA DE STA. CANTARINA COM A IMAGEM DO SENHOR DOS PASSOS CHEGANDO NA PRAÇA DA MATRIZ ACONTECERÁ O ENCONTRO EM SEGUIDA OFICIO DAS TREVAS. 

OBS: TODOS OS HOMENS DO TERÇO VIR COM  A CAMISETA DO MOVIMENTO

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Meditando o Evangelho de hoje

Evangelho de hoje: Jo 10,31-42


5ª Semana da Quaresma

Disse-lhes Jesus: "Tenho-vos mostrado muitas obras boas da parte de meu Pai. Por qual dessas obras me apedrejais?”. Os judeus responderam-lhe: "Não é por causa de alguma boa obra que te queremos apedrejar, mas por uma blasfêmia, porque, sendo homem, te fazes Deus”. Replicou-lhes Jesus: "Não está escrito na vossa Lei: Eu disse: Vós sois deuses (Sl 81,6)? [...] Se eu não faço as obras de meu Pai, não me creiais. Mas se as faço, e se não quiserdes crer em mim, crede nas minhas obras, para que saibais e reconheçais que o Pai está em mim e eu no Pai”. Procuraram então prendê-lo, mas ele se esquivou das suas mãos. [...]



Comentário

Crede ao menos em minhas obras... Quando a Bíblia fala de "crer”, está se referindo a uma atitude vital de fé, à decisão de confiar-se incondicionalmente em alguém. Como não acreditar nas ações e gestos que Jesus realizava? Como não ficar seguro de sua misericórdia e de sua ternura depois de tê-lo visto aproximar-se do povo para curar, dar-lhe ânimo, alimentá-lo e para comunicar-lhe seu perdão e amizade? E tudo isso – revelava Jesus – vinha do Pai. Era daquela maneira que ele os amava e demonstrava seu amor, ao tratá-los como filhos seus. 

PARTICIPEM DA ENCENAÇÃO DA VIA SACRA

DIA:13/04
LOCAL: PAROQUIA NSRA IMACULADA CONCEIÇÃO-CAUCAIA DO ALTO
HORÁRIO: 19:00